segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Agradecemos pouco


Após um almoço abençoado de confraternização na minha casa, cercado de irmãos/amigos do peito, saí, por volta das 16h, para cumprir um compromisso assumido no culto da manhã do mesmo dia com uma senhora. Ela me pedira, às lágrima, que visitasse um parente seu que havia sido vítima de bala perdida e estava internado no Socorrão I.

Chegamos, eu e o diácono Dílson Cruz (a quem havia convidado para me acompanhar) por volta das 16h20. Já na chegada, o cenário choca. Pessoas aglomeradas à porta na tentativa de serem atendidas ou mesmo visitar algum conhecido. Vali-me da credencial de missionário para conseguir entrar. No interior do hospital, a primeira visão é semelhante à foto acima (registro recente do fotógrafo De Jesus, de O Estado). Dezenas de pacientes enfileirados em macas no corredor, numa imagem tenebrosa da realidade da saúde pública no Maranhão.

Antes de nos dirigirmos ao quarto coletivo no qual estava o Gabriel Arcanjo, o jovem que fomos visitar, um enfermeiro passa por nós empurrando uma maca com o corpo de uma mulher. “Ela e o ‘marido’ estavam embriagados e um matou o outro a facadas”, contou-nos uma segurança do hospital. No quarto, dezenas de leitos (Gabriel estava no de nº 16). Nos semblantes, a dor, a solidão, a tristeza, a fraqueza e, ao mesmo tempo, a força daquelas pessoas. E foi exatamente de fraqueza e força que o Espírito Santo me direcionou a falar com o Gabriel. Embora abatido fisicamente, aquele jovem entendeu a mensagem (citei 2 Co 12:9) e recebeu a Jesus com Senhor e Salvador. Eu e Dílson oramos por ele e pelos demais enfermos ali. Gabriel se comprometeu em dar seu testemunho quando deixar o hospital. Glória a Deus!

Saímos com a sensação de dever cumprido, mas também impactados pelas lições que o Senhor nos deu ali dentro. Uma delas, foi a certeza de que agradecemos pouco a Ele pela vida que temos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Rio 2016


Esta charge está publicada no jornal O Estado de hoje (22) e satiriza a violência na “Cidade Olímpica” do Rio de Janeiro. Talvez alguns tenham criticado o fato de eu ter usado a imagem do “Cristo Redentor” na cena. Sobre isso, antecipo-me em esclarecer:

Em primeiro lugar, a minha visão sobre o “Cristo Redentor” é, tão somente, a de um belo monumento artístico e turístico, símbolo da Cidade Maravilhosa. Aliás, acho um equívoco quando se diz que o Rio é abençoado porque está debaixo dos braços abertos do “Cristo Redentor”. Fosse assim, a violência estaria do jeito que está?

Se o verdadeiro Cristo estivesse sendo PREGADO mais intensamente ao coração das pessoas, talvez o “Redentor” PREGADO no topo do Corcovado tivesse menos trabalho. O Cristo que salva, que transforma, que liberta, o Príncipe da Paz, não pode ser retratado por meio de uma estátua. E só Ele pode, verdadeiramente, tocar a alma daqueles que se alimentam da indústria da violência no Rio. Estátua não abençoa e nem salva ninguém.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Santidade urgente!

"O homem espiritual" foi o tema central do encontro dos Sentinelas ontem (segunda-feira, 19). Novamente, vacilei de não ter fotografado a moçada, mas garanto que tinha guerreiro em número suficiente para lotar a sala do AP do Sandro Moraes, que, aliás, foi tremendamente usado por Deus na mensagem. O debate foi bastante produtivo e saímos de lá mais reflexivos sobre a nossa postura enquanto homens separados para a obra do Senhor. Aproveito para convidar a todos a se juntarem ao Sentinelas, todas as segundas-feiras, a partir das 22h. Vale a pena sacrifício.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009


Momento de adoração da galera que lotou o Culto das Torcidas, promovido pelo Encontro Jovem, recentemente. Foram momentos preciosos na presença do Senhor. Quem perdeu, fica triste não. Tem surpresa sendo preparada ainda para este ano.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Comunhão e treinamento entre jovens obreiros


Foi como contemplar uma árvore cheia de frutos vistosos, dos quais nascerão outros frutos e assim sucessivamente. Essa era a visão dos mais de 40 jovens obreiros reunidos na nossa casa no feriado da segunda-feira passada.

Foi uma festa! Louvores, brincadeiras, oração, feijoada (aleluia!) e treinamento – aliás, um dos motivos principais do encontro, além, claro, o de propiciar a interação entre os guerreiros(as) que têm nos ajudado a fazer o Encontro Jovem, nos sábados da Comunidade Vida.

Foram horas preciosas na presença do Senhor. Minha amada, Dini Kelly, caprichou no estudo ministrado à galera, que “sentiu a responsa” e recebeu o treinamento com a maturidade que se espera daqueles que têm um chamado. Glória a Deus!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O pecado da acepção de pessoas

Um amigo católico me relatou dia desses uma história que vale reflexão. Contou-me que seu irmão, também católico, havia chorado copiosamente na missa do domingo, ao ponto de chamar a atenção das pessoas próximas. Questionado sobre o porquê das lágrimas e da expressão de tristeza, ele disse que a razão era o fato estar sendo discriminado por seus familiares, evangélicos.

Curioso isso. Quem diria! Logo nós, evangélicos, tantas vezes considerados vítimas de discriminação religiosa, fazendo tal e qual nossos “algozes” de outrora.

A meu ver, qualquer tipo de discriminação, seja ela religiosa, racial ou social, é, no mínimo, burra. Quem age assim, porta-se como os discípulos que tentavam evitar que determinadas pessoas se aproximassem do Mestre. Sempre que Jesus percebia essa situação (a exemplo das crianças, do cego Bartimeu, da mulher adúltera...) eram repreendidos por Ele. Tiago 2:9 nos adverte sobre o pecado da acepção de pessoas. Nosso papel é dar testemunho, orientar com argumentos sólidos e não tentar enfiar o Evangelho de Cristo garganta abaixo de alguém que, quer queiramos ou não, acreditam em uma “verdade” que não é a nossa.

No dia em que eu me achar dono da verdade, por favor, repreendam-me, porque haverei de ter esquecido que só há um dono da verdade. Aliás, Ele não é só o dono como é a própria verdade, o caminho e a vida.

É triste ver o pecado da acepção de pessoas no meio evangélico não só fora das igrejas, mas também dentro das congregações. Em razão de interesses questionáveis, púlpitos são entregues a pessoas influentes (políticos, por exemplo), porém de conduta duvidosa, e afagos especiais a membros de maior poder aquisitivo são comuns. Por outro lado, obreiros fiéis e anônimos são muitas vezes ignorados, vendo-se obrigados a recorrer ao próprio chamado como ponto de apoio para se manter firmes na caminhada.

É como diz um frase interessante, cujo autor eu desconheço: “A humanidade é mesmo uma bênção, o que estraga somos nós, seres humanos”.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Doa a quem doer

Sempre resisti a aderir a certas “ondas” tecnológicas. O tal do blog é uma delas. Não tenho Orkut, conto nos dedos as vezes em que, por necessidade, recorri ao MSN, não tenho Ipod, Iphone e sempre peço socorro à minha bênção, Dini Kelly, quando a briga está feia com o toque do meu celular que eu não consigo mudar (abomino manuais de instrução). Não gosto, não tenho paciência, não tenho tempo. Sou mais afeito ao olho no olho ou, se preciso, de uma conversa rápida pelo telefone. Uso o e-mail porque é instrumento de trabalho.

O problema é que tem coisas na vida que parece perseguir a gente. Sabe aquele troço que quanto mais se foge mais ele pega no teu pé? Comigo é o tal de blog. Já perdi a conta de quantas pessoas me perguntaram coisas do tipo: “Você não tem um blog?!!!! Que planeta tu vives?!!!” Resposta: eu vivo nesse planeta sinistro mesmo, mas não sou desse mundo, ALELUIA!!!!

Tem também os amigos que ficam preocupados com a minha apatia bloguística. Dizem “Você precisa ter um blog para divulgar teu trabalho” e coisas do tipo. Outros apelam geral: “Olha, o blog pode ser uma ferramenta e tanto de evangelismo, você poderia postar suas pregações, etc, etc”. Assim é covardia.

Enfim, cá estou. Rendido ao tal blog. Fazer o quê? Vejo-me agora obrigado a ter de utilizar esse espaço para dizer umas verdades por aí. Minha preocupação é gostar dessa história e não conseguir mais calar as palavras escritas, e começar a incomodar. Bom, crente que não incomoda..., sei não.

Quero incomodar mesmo. Incomodar o inferno, incomodar os legalistas, os religiosos, os alienados, os não-pensantes e, sobretudo, a mim mesmo. Isso mesmo. Quero me sentir incomodado a opinar sobre assuntos que intrigam o universo cristão, mas muitos não têm coragem de abordar. Quero me sentir incomodado a postar meu ponto de vista, doa a quem doer. Quero me sentir desafiado a ser um instrumento do Espírito Santo a dizer verdades com ousadia, inclusive me valendo de algumas que não estão na Bíblia, mas que o homem insiste em inventar que estão. Quer um exemplo? “Onde diz na Bíblia que Deus só gosta de ouvir corinho de fogo?”. Pois é, já tive o desprazer de ouvir esse tipo de bobagem por aí. É tempo de nos libertarmos das “verdades” inventadas pelo homem para vivermos as verdades de Jesus.

No mais, amado leitor. Espero que esse espaço seja um canal de bênção para a tua vida. Que seja um espaço para trocarmos idéias e informações. Sei que vou aprender bastante com as opiniões aqui postadas pelos internautas. Só um detalhe: como foi dito no início, meu tempo é reduzido e talvez não tenha condições de manter esse blog uma “Brastemp” de atualização. De antemão, peço paciência comigo. Afinal, eu não gosto mesmo desse negócio de blog, mas cansei de fugir da “responsa”.


Deus abençoe a todos.

Em breve:
Mensagens, notícias, charges, críticas, crônicas, vídeos, arte e outras viagens.