segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

"Avatar": efeitos e só



Sábado último, recesso do Encontro Jovem, fomos, eu minha amada, ao cinema. Uma moçada estava lá. “Se tivesse um violão, daria para fazermos o culto aqui no Shopping”, brinquei com um dos muitos membros da Juventude Vida que encontramos por lá.

Fomos ao cinema ver “Avatar”, o badalado filme de James Cameron. Antes mesmo de comprarmos o ingresso, o David, meio perplexo, exortou-me:

– Avatar, meu líder? Esse filme não é de Deus!
– “Não sejais demasiadamente justo (ou santo) - Ec 7:16” – brinquei com ele. Nessa passagem, Salomão alerta para a falsa retidão e para o legalismo que aprisionam e limitam muitos cristãos hoje em dia.


Escrevo para fazer minhas considerações resumidas sobre o filme. A história não tem nada de mais: mensagem ecológica apimentada por uma história de amor à segunda vista [ouvi dizer que a versão em DVD trará cenas de sexo entre o casal virtual de protagonistas. Deve ser bizarro]. Ao contrário de outras ficções sobre invasão interplanetária, os invasores dessa vez somos nós e não os ETs. Depois de destruir as riquezas naturais da Terra, fomos destruir no longínquo planeta Pandora. Lá, os nativos vivem em sintonia com a floresta, que, na verdade, é tida como uma deusa - aquilo que os terráqueos chamariam de Mãe Natureza. Uma história fantasiosa, cheia de misticismos e que, ao menos a mim, não acrescentou nada.
 
O que valeu o ingresso? Os efeitos visuais, só. Não foi à toa que “Avatar” tornou-se a produção cinematográfica mais cara da história. Os cenários virtuais e as cenas de ação são fantásticos. Diversão visual para descansar a mente. Mas, pela falta de conteúdo, não é o tipo de filme que encoraje um bom e velho debate pós-sessão.