quarta-feira, 16 de junho de 2010

Guerra dos “ismos”


Calvinistas e arminianos que me perdoem, mas Jesus é fundamental. A discussão não é de hoje, mas, ultimamente parece que a “guerra” foi reaquecida entre os defensores das escolas teológicas de João Calvino e Jacob Hermann (Arminius), respectivamente. De um lado, “a predestinação”, “a graça irresistível”, o “uma vez salvo, salvo para sempre”, etc. Do outro, a “pré-ciência divina”, a “perda da salvação (queda da graça)” o “livre arbítrio”, etecétara-e-tal. Para a maioria dos leitores, esse assunto pode parecer grego ou língua estranha sem interpretação. Mas, para os que sabem do que eu estou falando, vou resumir minha opinião parafraseando a irmã Adriana quando quer opinar sobre algo que a desagrada: “Discutir ‘ismos’ da teologia é muuuiiito chato!”.


Tenho minhas opiniões formadas sobre as teses de Calvino e de Arminius e, sinceramente, não me encaixo plenamente em nenhuma delas. Embora tenha meus pontos de concordância, vejo a ambas como labirintos sem saída quando confrontadas com certas passagens da Palavra de Deus. Na boa intenção de decifrar os mistérios das Sagradas Escrituras, considero que as teses calvinista e arminiana acabam por se digladiar em embates hermenêuticos entre teólogos, que, no afã de defender seu raciocínio, ignoram a passagem de Deuteronômio 29:29.

Creio da seguinte forma: prego e vivo a graça e pela graça. Sem Jesus, não há salvação e, quanto a isso, nem calvinistas nem arminianos discutem. Somos chamados e temos uma missão: “ide e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mt 28:16-20; Mc 16:15,16). O arrependimento é uma prerrogativa à salvação e precisa da ação do Espírito Santo (At 2:38). Deus é soberano e não é obrigado a nada. Ele tem o controle de tudo e um propósito para todas as coisas. Ele nos ama e nos recomenda a amá-lo acima de tudo e a nosso próximo como a nós mesmos. “Ismos” nos ajudam tanto a decifrar a Bíblia como a complicar a simplicidade do Evangelho. Mas, com certeza, não levam ninguém à salvação, e podem levar a lugar nenhum.

Logo, olhemos para Cristo, autor e consumador da nossa fé. Não há outra saída [ou entrada], nem consenso salvífico melhor do que Ele para mim e, certamente, também para os meus irmãos calvinistas e arminianos.