domingo, 4 de julho de 2010

É...


...quando comentei aqui no CrentePensante e em post do Púlpito Cristão sobre a postura pseudo-patriótica do brasileiro em tempo de Copa do Mundo, li comentários raivosos sobre meu posicionamento. Esse é um daqueles casos em que detesto dizer que tinha razão. Quisera poder estar agora comemorando a presença da Seleção nas semi-finais, mas... O que vemos hoje é um país outra vez indiferente às suas cores.

Bastaram algumas horas para que as milhões de bandeirolas antes orgulhosamente afixadas nos carros tivessem outro fim [provavelmente a lata do lixo]. A bandeira nacional, mais que depressa, foi retirada das sacadas dos prédios e da porta das casas. Ninguém mais usava o verde-amarelo [cores que, no trivial, são altamente cafonas se combinadas no vestuário]. De entusiasmado torcedor a Madalena arrependida ficaram alguns dos milhares que “investiram” na bagatela de R$ 189,00 na compra de uma camisa oficial da Seleção. Na garganta, o gosto amargo da derrota. No ar, o silêncio das vuvuzelas caladas.

Eu não comprei bandeira do Brasil, camisa da Seleção, ou muito menos afixei bandeirolas no meu carro. Não vejo nenhum problema na atitude de que o fez, mas vejo uma lamentável falta de senso patriótico em quem se apressou em tirar o verde-amarelo da sacada, jogou as bandeirinhas automotivas no lixo ou engavetou a camisa canarinho com certa raiva.

O Brasil perdeu um jogo. E daí? A pior derrota é a perda da oportunidade de mostrar que somos patriotas perdendo ou ganhando. Com troféu ou sem troféu. Em 2014, tudo outra vez.