Gente, o nosso Brasil é mesmo uma graça. Embora a Bíblia nos advirta sobre o risco de agirmos como meninos inconstantes, levados por todo vento de doutrina [Efésios 4:14], tal um barco desgovernado “surfando” ao sabor das marolas do mar, a verdade é que nós, brasileiros, adoramos uma “onda”. É onda do axé, onda do pagode, onda gospel, onda emo [ou será demo?], onda inventada pela novela das oito, pela Malhação, onda do rebolation [já viu coisa mais tosca?], onda das pulseirinhas do sexo, onda disso, onda daquilo... Êta povo ‘fissurado’ em uma onda.
Em quatro e quatro anos, por exemplo, tem a onda da Copa do Mundo. Todo mundo se veste de verde amarelo e a pátria tira a chuteira do armário. O brasileiro vira técnico de futebol, tem feriado em dias de jogos do Brasil [menos para mim, jornalista - que saco!]. Se a Seleção perde o Mundial, é como se um ente querido tivesse morrido, é um chororô geral, ou então uma revolta de dar medo. Não esqueço da cena de um grupo de pessoas queimando a bandeira do Brasil depois da derrota para a França na Copa passada. De patriotas apaixonados a inimigos incendiários da nação em fração de segundos. É um dos efeitos que a Copa causa nas pessoas. Mundo doido esse!
Depois da onda da Copa, claro, a “parada” da vez, este ano, é a onda das eleições. E pensa que os crentes não embarcam legal. Só embarcam. A onda agora é pastor candidato. Prato cheio para os críticos de plantão. Quando não, o pastor sai em defesa desse ou daquele candidato, tudo “em nome do Reino de Deus” é claro. Os políticos, não perdem tempo em pedir [barganhar] apoio dos líderes evangélicos mais influentes. O Lula, por exemplo, encontrou-se com o RR Soares, visando apoio à Dilma Rousseff.