segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Abóboras, guloseimas e enganos


De todas as idéias estúpidas que o brasileiro importa de outros países, considero o Halloween – ou Dia das Bruxas em nosso linguajar tupiniquim – a mais ridícula de todas. Estaria de bom tamanho encarar “bonecos de neve” e papais-noéis no Natal, ou mesmo coelhos que “botam” ovos de chocolate na Páscoa. Mas, como temos a lastimável mania de achar atraente tudo o que vem de fora, achamos de incorporar a “brilhante” tradição de vestir crianças de monstros, fantasmas e zumbis, e decorar as casas com abóboras iluminadas, caveiras, vampiros e toda sorte de bichos horrendos, sempre no final de mês de outubro.

Só para constar, o Halloween é uma festa celebrada no dia 31 de outubro, véspera do dia de Todos os Santos. É realizada em grande parte dos países ocidentais, porém é mais representativa nos Estados Unidos, onde chegou por intermédio de imigrantes irlandeses em meados do século XIX.

Nas cidades norte-americanas, a festa é um momento muito esperado pelas crianças. Com o aval dos pais, elas usam fantasias assustadoras e partem de porta em porta na vizinhança, onde soltam a frase “doçura ou travessura?”. Saltitantes, terminam a noite com sacos cheios de guloseimas.

Por aqui, a comemoração da data é fruto da influência da televisão e também dos cursos de língua inglesa, que valorizam a tradição entre seus alunos. Se a coisa ficasse na esfera da informação, ainda vá lá. Mas, daí aproveitar a história para realizar festas à fantasia com temáticas fúnebres, isso não entra na minha cabeça.

Isso tudo, o Halloween e suas raízes norte-americanas e nossa triste mania de importar o que não presta da terra do Tio Sam, me faz pensar em certos “vampiros” que o país importou recentemente. Fantasiados de profetas da prosperidade, eles batem em nossas portas – quando não invadem via televisão ­– com a frase típica “bênção ou maldição?”. E os bobos, sempre receptivos às invencionices ianques, dizem “bênção, bênção!”. E eles, saltitantes, terminam a noite com seus sacos cheios do nosso suado din-din. Brasileiro é bicho bobo mesmo. 

7 comentários:

Eduardo Medeiros disse...

Essa importação é natural, faz parte da globalização das ideias e costumes. Quanto ao gosto duvidoso de vestir crianças com fantasias de monstros é uma coisa a se ponderar. Mas parece que a coisa é tão lúdica (??) que o "terror" não assunta ninguém. Já foi o tempo que as crianças tinham medo de bicho-papão.

Mas considero sua crítica válida. Abraços

Alberto Couto Filho disse...

Pastor Clovis,

De que nós, cristãos, estamos falando?

Temo pela aceitação acrítica deste nocivo consuetudinarismo no âmbito evangélico. Quero minha candeia sempre acesa no velador.

Crente Pensante - o blog!
Sei porque vim.

Ps O "VAM está indo bem".

Clovis Cabalau disse...

Querido Alberto, alegro-me pelo sucesso do "VAM" - gostei dessa.
Eduardo, valeu pelos comentários sempre equilibrados, a despeito das diferenças ideológicas.
Abraço.

Anselmo Melo disse...

Concordo com vc Clovis e lamento profundamente por essa dura realidade.Mas, devo dizer, antes as figuras de bruxinhas e bruxinhos que os profetas da teologia da prosperidade.claro que fazendo uma analogia penso que esses são muito mais nocivos.Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer. Lucas 12:5

Brena Oliveira disse...

Sábado que vem, no meu curso de inglês deveremos levar alguma coisa pra comer para "comemorar" o Halloween, e nos vestir dessas coisas monstruosas, se quiser encher seu saquinho de guloseimias, pode ir lá! rsrsrsr. Brincadeira né? Viver em um país "importador" de idéias dos outros. A Paz Pr.Clóvis

Clovis Cabalau disse...

Brena, no sábado, prefiro te ver no Encontro Jovem. Vai ter a peça da galera do teatro, ainda em cima do tema do congresso. Vai ser bênção.
A Paz.
Deus abençoe.

Brena Oliveira disse...

Estarei lá com certeza. O curso de inglês começa às 14:oo, não se preocupe! rsrs

Postar um comentário