Na Grã-Bretanha, uma cadela carente (essa da foto) tem aulas para aprender a ser amada. Em país de primeiro mundo é assim, cachorro é um “ser humano” como outro qualquer e merece ser amado. A história é absolutamente verídica: uma cadela abandonada chamada Princess (Princesa, no português), de apenas 6 meses, está sendo adestrada para receber amor. O animal é tão arredio e assustado que os funcionários de um centro de resgate em Lancashire têm dificuldades para se aproximar dele. “Princess é a cadela mais triste que já conheci”, afirmou Neil Martin, um dos membros do centro, ao jornal Daily Mail. “Quando ela chegou, logo percebemos que ela nunca havia recebido amor. Nós tentamos animá-la com alguns brinquedos, mas ela tinha medo”, completou o dedicado e comovido tratador de animais.
Embora horripilante, Princess tem essa carinha de “por favor, eu preciso de amor” que vemos aí na foto. Ela sofre de uma doença que a deixa sem pelos e torna sua pele tão delicada que a impede de permanecer muito tempo ao ar livre, exposta ao frio e ao calor intensos. Além de artimanhas de psicologia animal, os tratadores estão utilizando no tratamento de Princesa uma série de medicamentos, incluindo uma droga que custa cerca de R$ 30,00 por dia. “O tratamento será custoso, mas não iremos parar. Nós queremos resolver o problema e dar a ela uma nova vida”, afirma Martin.
Quando li na net sobre a história da cadelinha inglesa carente de amor, pensei na realidade maciça de crianças pobres, em completo estado de miséria e abandono, de nosso emergente Brasil varonil. O contraste é absurdo. Enquanto na Grã-Bretanha um centro não mede esforços, nem grana, para fazer uma cadela carente sentir-se amada, no Brasil, uma multidão de crianças de rua passam despercebidas diante de nossos olhos – exceto, claro, em datas como o Natal, quando o inconsciente coletivo nos move a ser mais solidários e “amorosos” com nossos “irmãos”.
Quem sabe poderíamos fazer um estágio de como se tratar um ser carente com a equipe de tratadores de animais do tal centro de resgate em Lancashire, na Grã-Bretanha. Quem sabe conseguiríamos aprender a ser cativados pelo olhar “pidão” de uma criança que não teve a chance de aprender o que é ser amada. Quem sabe não mediríamos esforços para ensiná-la a receber carinho, sem parecer que desejamos alguma coisa em troca. Quem sabe investiríamos um pouco de nossos recursos – muitos deles gastos com supérfluos – para comprar medicamentos necessários para seu tratamento de ressocialização. Quem sabe até conseguiríamos tratar essas pessoas sem perspectivas de vida tão bem como os ingleses tratam seus cachorros de rua.
Mas, ainda bem que estamos no Brasil, não é verdade? Assim podemos deixar tudo como está. E tocar a vida como se a realidade não fosse com a gente.
7 comentários:
Clóvis, vc viu o slide de Natal que fiz? esta na segunda pagina lá no blog, coloquei você o Pr. Ciro, irmão Alberto. Coloquei todo mundo nele, acho que ficou legal, dê uma olhada quando puder. Feliz ano novo também. Paz
Muito bom mesmo. Acabo de assistir um vídeo no youtube "Anjos da solidariedade", projeto criado pela Karol meg junto com Davi Araujo. Temos que ter uma visão diferente desse mundo, temos que ver a realidade, que não possamos ser superficiais. Mais uma vez, te elogio pelo excelente comentário da postagem. A Paz meu querido!
Valeu, Brena. É isso aí, nós, brasileiros, estamos (mal) acostumados a banalizar a miséria. A pobreza não nos choca mais. Temos que aprender com Cristo o verdadeiro amor.
Amigo, você poderia colocar o vídeo do "Por aí" no seu blog. Me acabo de rir com ele. rs . Beijos
Clovis .....
A imprensão que dá da sua postagem é que não existe miséria nos paises desenvolvidos. Isso é um problema apenas dos paises pobres. Mas como te conheço sei q essa não é a sua opnião.
há uma lógica "racional" que afirma que o mundo é uma espécie de um "jogo de soma zero". Isto é, Para algum terem certos recursos outros não pode dispor. Não quero aqui afirmar que é essa lógica que perpetua a miséria. O fato é que a miséria existe em todo o planeta, para você ter uma idéia só no ano passado, houve um incremento de 100milhões de pessoas ao já existente rol de miséraveis que soma quase 2 bilhões de pessoas, quase um terço da população mundial. Acho q iniciativa de combate a pobreza são válidas, mas são ineficientes, elas apenas minorizão o problema "aparentemente". A probleza tem que ser combatida em sua causa, para assim ter um efeito mais eficiente.no caso do Brasil, o q estar acontecendo é um absurdo, Gostaria de saber como pode 36 Milhões de pessoas sairem da pobreza, apenas com o bolsa familia, para um leigo no assunto o Brasil estar realmente se desenvolvendo, mas queria eu q isso fosse verdade. Estudei a probreza deste quando entrei na faculdade e sinceramente accabei ficando foi doente por descobrir esse mundo triste. Mas fico hj feliz por fazer parte de uma igreja que tem uma conciência social, isto é, que se preocupa com o proximo e q tente fazer a sua parte.
A paz!!
Beleza, Wallyson, realmente minha intenção não foi dizer que em outros países não há pobreza. Desde o início do texto, eu ironizo o paradoxo que às vezes existe em nosso tempo, no caso, uma cadela carente amor, enquanto é absurda a quantidade pessoas (e não precisa ser pobre para isso) que não sabem o que é ser amada. A maior carência que um ser humano pode ter é a carência de se sentir amada.
Querido Clovis.
Da uma força aí publicando a petição pública com o abaixo assinado contra a distribuição do kit gay.
Abração.
Paz!
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=PROL
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